IOF em compra internacional com o Itaú: tire suas dúvidas

Joao Marcos

Quando se fala em compras internacionais com cartão de crédito, muitos viajantes focam apenas no valor do produto em dólar ou euro. O que passa despercebido, no entanto, são os custos invisíveis que aparecem apenas na fatura.

No caso do Itaú, assim como em outros grandes bancos, há uma combinação de fatores que tornam o gasto no exterior consideravelmente mais caro do que se imagina. Do IOF às taxas cambiais, passando pelo spread, o bolso do consumidor brasileiro acaba sentindo o peso dessa equação.

Neste artigo, vamos detalhar como funciona o IOF para compra internacional com Itaú, quais são os outros custos envolvidos e como alternativas como a Wise podem mudar esse cenário.

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O que é o IOF e como ele impacta sua compra internacional no Itaú?

O Imposto sobre Operações Financeiras, mais conhecido como IOF, é um tributo federal que incide sobre diversas operações ligadas a crédito, câmbio e seguros.

No caso de compras internacionais feitas com cartão de crédito, o IOF é aplicado diretamente sobre o valor convertido na transação. Atualmente, a alíquota para esse tipo de operação é de 3,38%1.

Na prática, isso significa que toda vez que você usa o cartão de crédito internacional Itaú no exterior, seja para pagar um jantar em Paris, reservar um hotel em Nova York ou comprar eletrônicos em Miami, o imposto será acrescido automaticamente à fatura.

A cobrança acontece no momento da conversão para reais, que considera a cotação do banco mais o spread. O resultado é que o cliente acaba pagando não apenas pelo produto ou serviço, mas também pelo imposto e pelas taxas embutidas na operação.

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Outros custos da compra internacional com o Itaú

O IOF é apenas parte da questão. O cartão de crédito internacional Itaú também opera com um câmbio próprio, chamado de câmbio turismo, que costuma ser mais caro do que a cotação comercial2.

Além disso, o banco aplica um spread cambial, uma margem adicional sobre a taxa usada na conversão, que não é divulgada de forma clara.

Para ilustrar essa diferença: em um dia em que a cotação comercial do dólar estava em R$ 5,48, o câmbio praticado pelo Itaú para compras internacionais era de R$ 5,81 — uma diferença de R$ 0,33 por dólar.

E ainda existem custos extras: quem precisa sacar dinheiro no exterior com o cartão Itaú deve se preparar para pagar tarifas adicionais, que incluem não apenas taxas fixas de saque, mas também a incidência de IOF.

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Exemplo: O custo real de uma compra internacional com o cartão Itaú

Vamos traduzir isso em números para entender melhor o impacto no bolso. Imagine uma compra de US$ 500 em uma loja nos Estados Unidos usando o cartão internacional Itaú.

Se a cotação do banco estiver em R$ 5,81, a conversão inicial será de R$ 2.905,00. Sobre esse valor em reais, incide o IOF de 3,38%, que corresponde a R$ 98,22. O total final da compra seria de R$ 3.003,22.

Agora, em um cenário ideal, apenas para fins de comparação: se a mesma transação fosse feita usando o câmbio comercial de R$ 5,48, a compra custaria R$ 2.740,00. A diferença é de R$ 263,22.

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Por que o IOF e as taxas do Itaú são desvantajosos para o exterior?

O cartão internacional Itaú pode ter sua utilidade, principalmente em situações emergenciais ou imprevistos durante a viagem, quando ter um limite de crédito disponível pode ajudar.

Mas usá-lo como principal meio de pagamento em compras internacionais é uma escolha que pesa no orçamento. O IOF de 3,38% somado ao câmbio turismo e ao spread cambial tornam cada transação significativamente mais cara do que seria com uma alternativa que utiliza o câmbio comercial.

Essa combinação de custos invisíveis transforma uma simples compra no exterior em um gasto maior do que o planejado. O resultado é que o consumidor brasileiro acaba pagando mais do que precisaria, apenas por depender de uma estrutura de cobrança desfavorável.

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Wise Rende+: Economia e Rendimento para suas moedas estrangeiras

Quando se olha de perto o peso das taxas, alternativas como a Wise se destacam. A plataforma trabalha com câmbio comercial, taxas baixas e transparentes e apenas 1,1% de IOF na conversão para moedas estrangeiras.

Além disso, o Rende+ da Wise transforma a experiência do cliente em algo ainda mais vantajoso. Com ele, o saldo mantido em dólar (USD), euro (EUR) ou libra esterlina (GBP) rende diariamente, mesmo estando disponível para ser usado a qualquer momento.

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Isso significa que, enquanto seu dinheiro aguarda para ser gasto na viagem, ele continua crescendo de forma segura, investido em fundos de baixo risco e assegurados por governos.

Enquanto bancos tradicionais aplicam IOF de 3,38% e câmbio turismo com spread, a Wise oferece IOF de apenas 1,1%, câmbio comercial e rendimento sobre o saldo.

A conta multimoedas da Wise pode ser aberta gratuitamente pela internet e ainda garante um cartão de débito internacional para ser usado em viagens ou compras pela internet, gastando diretamente dos saldos em moeda estrangeira.

Leia também: Como abrir uma conta internacional com o Itaú

Fontes consultadas neste artigo:

  1. Itaú. IOF: o que é e como funciona essa taxa?
  2. Itaú. O que é taxa de câmbio e como ela é calculada

Fontes consultadas pela última vez em 21 de agosto de 2025


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